Felicidade
Quando o viu pela primeira vez
Não o reconheceu
O seu coração... talvez.
A idéia do amor idealizado
Era nítida, enquanto sentimento
Mas indefinida pra ser materializada.
Na segunda vez que o viu
Seu olhar fitou-o vagamente
Atraído pelo seu olhar insistente...
Num átomo de segundos
O olhar dele o seu capturou
E fundiram-se num só...
Quando se separaram
O brilho dos seus olhos revelava
O lampejo do amor
Desde então procurou,
Nos mais diversos lugares,
O amor reencontrar.
Atenta quanto ao caminho a trilhar
Foi descobrindo, no seu percurso,
O rastro que o amor deixara
Para norteá-la!
Um dia, já cansada
Mas com o coração leve e sem maldade
Cavou no chão uma pequena cova
E nela enterrou os seus anelos
Representados numa flor.
Cobrindo-a, em seguida,
Escreveu num papel, à guisa de lápide:
– Aqui jaz uma saudade!
E enxugando uma fortuita lágrima,
Sorriu para a vida!