Reflexão


Choramos ao nascer
Por não saber
Quem somos ou por que estamos aqui

Nosso choro é uma súplica,
Aparentemente sem réplica,
Uma tentativa de logo descobrir
Nossa verdadeira identidade.

Ao crescer, desviados do dever-ser que liberta,
Encontramos grande prazer
Em satisfazer nossos desejos imediatos
No dever-ter que acorrenta

E nos desviamos da meta...
Há, interagindo com o mundo,
Um significado mais profundo
Sobre o qual devemos refletir
Pois é a razão final do nosso existir.

Alçando os olhos aos céus
E abstraindo-nos do mundo
Encontramos a resposta
À nossa pergunta inicial:
“Quem sou eu?”

O Cristo, em nós, responderá:
“Eu sou um fanal
Atraindo, para Deus,
As criaturas, luzes como Eu!”