Mãe


O mesmo Deus que te criou
O teu corpo velou
Para que não se perdesse em ti
O mistério da Criação...

A tua fragilidade aparente
Fê-la proposital;
Para salvaguardar a semente
Da vida e livrar-te do mal.

Fez que a tua força
Transcendesse à convencional
Para que sendo mãe de muitos filhos
Amasse a todos por igual.

Te fez exemplo de bravura
Nem sempre pressentida
Diluída na ternura
Que amplia o abraço, proteção querida...

Enquanto lá fora o mundo se agiganta
A paz cá dentro se faz anunciar,
É a mãe que o filhinho acalanta
Fazendo-o dormir com canção de ninar:

“Dorme filhinho que aqui é teu lar”.