A Minha Amiga
Tem nome de flor
A minha amiga querida.
Numa idade em que as jovens
Se aproximam por afinidade
E por espontânea vontade!
Conosco, o contrário aconteceu,
Por imposição do seu pai
(de saudosa memória)
Com a finalidade de fazê-la
Comigo estudar todas as tardes!
Mas dessa forçada convivência,
E apesar das diferenças,
Surgiu uma bela amizade
E uma mútua compreensão.
Ainda a vejo sorrindo
Na sua alegria genuína,
Como sói de acontecer à menina
Que ainda não sofreu desilusão.
Lembro do seu andar, revelando
O seu jeito descontraído de ser...
E hoje, afastadas no tempo,
Eu me pergunto, saudosa:
Margarida, cadê você?