Pai
Num gesto de amor
Geraste a nossa vida
À imagem e semelhança do Criador.
A tua presença vigilante
Foi amparo nos primeiros passos
Que ensaiamos vacilantes
O teu nome – pai
Encontrava eco em nós
Como uma voz de comando – vai!
Íamos, mas sempre voltávamos
Buscando o amparo do teu braço forte,
Âncora da certeza que buscávamos
De que os barcos das nossas esperanças
Não ficariam à deriva da sorte
No mar das emoções sem norte.
Pai, diante dos teus cabelos brancos,
Somos ainda as crianças que um dia
Levantando nos teus braços
Alçaste aos céus...
Como a ensinar-nos que deveríamos
Ir além da tua própria medida de vida,
Buscando a medida do Pai maior – Deus.